A CONSTITUIÇÃO DO UNIVERSO
A CONSTITUIÇÃO DO UNIVERSO

           Nenhuma atividade humana é genuína e autêntica a não ser que se baseie na Constituição Cósmica do Universo (DEUS) – o Universo em seu aspecto de Causa, de Essência e Existência, de infinito e Finito, de DEUS e homem.O Universo como a própria palavra diz, é Unidade e Diversidade – é uno em diversos.

Unidade sem diversidade – monotonia.

Diversidade sem unidade – é caos.

Universidade com diversidade – é harmonia.

           O Universo é um sistema harmônico, o equilíbrio dinâmico, garante perpetuidade e indefectível juventude.O homem é um microcosmo feito à imagem e semelhança do macrocosmo. (E disse Deus; façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança...)Os termos gregos “micro” e “macro” - pequeno e grande – se referem ao aspecto externo e quantitativo, do homem e do mundo e não sua realidade interna, qualitativa.

           No seu aspecto de qualidade interna é o homem antes macrocosmo que microcosmo, porquanto a verdadeira grandeza ou pequenez se medem em termos de intensidade, e não de extensidade, quanto mais intenso é o grau de consciência de um ser, tanto mais alta é a escala de sua hierarquia.

           Aqui no planeta Terra é o homem sem dúvida, o ser de mais alta intensidade consciente, e por isso lhe compete o qualificativo de macrocosmo (grande mundo) no sentido qualitativo e intensivo, embora seja microcosmo ( pequeno mundo) no plano da quantidade e da extensidade.Do mundo dos fatos – diz Einstein – não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores. Mas – poderíamos acrescentar – do mundo dos valores há caminhos para o mundo dos fatos. Valor é qualidade, fato é quantidade. Valo é intensidade – fato é extensidade. Valor é um mais, fato é um menos.

           A matemática admite que se derive um menos de um mais, não vice-versa.Intensidade qualitativa pode criar extensidade quantitativa, mas esta não pode produzir aquela. O uno pode gerar diversos (Deus pode gerar tudo) – mas estes não podem produzir aqueles.Há um Universo – mas não há Versuno.O Uno é dativo e ativo – o diverso é apenas receptivo e passivo.Na Constituição Cósmica do Universo, o uno é o Infinito Doador – os diversos são os Finitos Receptores.O Uno simboliza o Infinito, o Absoluto, a Causa, a Essência (Deus) – os diversos representam os Finitos, os Relativos, os Efeitos, as existências (homem).

           As teologias convidam seus adeptos para crerem num Deus-Creador.A filosofia conduz seus discípulos a saberem que da Essência Una a do Universo emanam as existências várias, e que esta verdade não é objeto de crença e de boa vontade – mas sim postulado de sapiência e de suprema racionalidade.O teólogo crê – o filósofo sabe.Crer é penúltimo – saber é último.Saber não é apenas inteligir, analisar – saber é saborear, viver experiencialmente a própria Realidade, o Infinito enquanto imanente no finito.Saber ou saborear é sentir a misteriosa afinidade entre o sujeito cognoscente (Deus) e o objeto cognocível (homem).

                                               Mas...

           Aqui se ergue a enigmática esfinge... Aqui surge a grande pergunta: Como ter experiência desse caráter bipolar, elíptico, do Cosmos? Como viver o mundo como sendo uno e diverso univérsico?Como?Do mesmo modo que uma antena receptora tem experiência da longínqua estação emissora sintonizando e captando ondas emitidas, isto é, aquela parcela de vibrações que a antena possa captar e reproduzir.O que na antena metálica e heteronomia mecânica, antena humana é autonomia dinâmica. O alo-determinismo inconsciente daquela passa a ser auto-determinação consciente nesta.

           A antena metálica recebe o seu grau de receptividade na oficina do mecânico - mas antena humana faz a sua receptividade, maior ou menor, no laboratório do livre-arbítrio. Todos os finitos são canais ou antenas - somente o Infinito é Fonte do Infinito. E assim recebe e retransmite.A experiência da antena humana é diretamente proporcional á sua capacidade receptiva, ela é responsável pela captação, perfeita ou imperfeita, da música cósmica irradiada pela Emissora Cósmica, que sempre funciona com perfeição. (o homem recebe de Deus o tanto que ele busca)Podemos reduzir a três ondas fundamentais as irradiações da Emissora do Universo, a saber:

-onda vital,

-onda mental,

-onda racional.

            A substância do Universo é vida, pensamento e razão(Deus).Os mais atrasados julgam que o mundo seja matéria.Outros descobriram que ele é vida.Um cientista moderno diz que, desde Isaac Newton até Einstein, o Universo parecia ser uma grande máquina – ao passo que hoje parece ser um grande pensamento.

            Hermes Trismesgistus, o grande Toth do Egito, 2000 anos antes da era cristã, disse a seus discípulos que a essência do Universo é espírito, racionalidade, o “LOGOS” de Heráclito de Efeso, dos filósofos alexandrinos e do quarto evangelho.Vida, Inteligência, razão – é esta a quintessência do universo.O organismo capta parcela maior ou menor da Vida do Cosmos e a concretiza em forma individual.

          A inteligência capta da substância mental do Universo as vibrações adaptadas à sua capacidade e as apresentam em forma de pensamentos.A antena razão reage à invisível vibração da substância espiritual do Cosmos, manifestando-as em forma de inspiração mística.

          Vida, Pensamentos, inspiração – é esta a substância vibratória do Universo, e cada indivíduo capta aquela faixa vibratória de que sua natureza é capaz.

 

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